Seguindo a cada instante o que procuro,
Deixando alguma luz em sombras, vejo.
Abarco em tua boca outro desejo,
Ainda o todo bebo, qual obscuro.
Na vida desenhada na cidade
Jogando ao fim as cinzas no vazio,
E quando percebendo outro me crio
Matando e caminhando quem há de?
Apreendo qual pudera a primavera
Jogada neste outono, o mesmo passo,
E quando neste engodo, destraço.
Beijando em solidão, e nada espera.
A fera outra vertente dominando,
O nada na verdade, ainda quando?
Marcos Loures 2018
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