domingo, 6 de maio de 2018

MERAMENTE



Não mais que meramente a vida trouxe
Um dia quando vejo sem temores,
E sei da solidão em tais anseios
Marcados pela sorte tão ingrata
E quando esta emoção regendo o passo
Não tento caminhar, apenas resto.

O vento se desenha neste resto
Que um dia sem sentido o tempo trouxe
E sei do quanto possa noutro passo
Viver e crer na sorte e seus temores,
Ainda quando a luta fosse ingrata
Teria com certeza meus anseios,

A senda resumindo tais anseios
No todo que pudera e nisto o resto
Traçando esta vereda mais ingrata
E nela o que pudera e já se trouxe
Fazendo do infinito, seus temores,
Contendo com firmeza o velho passo,

E quando no final, somente passo,
Encontro a solidão e seus anseios
Ousando muito além dos meus temores
Vagando sem cansaço sou o resto
E nada mais pudera enquanto trouxe
A solidão em forma atroz e ingrata,

A luta se moldara mais ingrata
E o verso se traçasse quando passo
Marcando com ternura o que se trouxe
Tentando superar velhos anseios
E crer que na verdade além do resto
Pudesse ter a sorte sem temores,

Porém ao perceber quantos temores
A vida nos traria sendo ingrata,
Meu canto se anuncia como um resto
E nisto rodeando ledos passos,
Encontro tão somente meus anseios
E neles o que o sonho jamais trouxe,

A sorte quando trouxe seus temores
Marcando com anseios, tão ingrata,
Deixara cada passo sendo o resto.


MARCOS LOURES

Nenhum comentário: