O passo mais audaz pudesse firme
Traçar o que deveras tanto anseio,
E sei do dia a dia e quando alheio
O todo noutro engano se desenha,
A luta não transcende ao quanto possa
E sei do caminhar entre cascalhos,
A vida se traduz nestes cascalhos,
E o solo que tentasse bem mais firme
Agora na verdade nada possa,
Somente o que talvez gerasse anseio,
O mundo quando o sonho ora desenha,
Persiste noutro rumo e segue alheio,
O todo se aproxima e vejo alheio
O mundo que tentara sem cascalhos,
E o quanto do desejo se desenha
Marcando com furor a voz mais firme
De quem tanto procura em leve anseio
Viver e ter nas mãos o quanto possa,
A vida que deveras sei que possa
Trazer a cada passo, o mais alheio,
Encontra na verdade o quanto anseio
E superando assim rudes cascalhos
No tanto que se faça bem mais firme
O solo se aproxima e se desenha
E quando a solidão tanto desenha
O verso que deveras tanto possa
Tocar esta ilusão, prossigo firme,
E mesmo quando possa e já me alheio
Ainda se presumem nos cascalhos
O quanto sem defesas eu anseio,
O prazo terminando e tanto anseio
O mundo na verdade ora desenha
O sentimento exposto em vãos cascalhos,
E nisto o quanto reste e mesmo eu possa
Vencer o caminhar atroz e alheio
Num passo que jamais seria firme,
O tanto sendo firme mais anseio
E vejo em tom alheio o que desenha
Uma alma que enfim possa além-cascalhos.
MARCOS LOURESO PASS
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