O coração como se fosse uma falena
Em volta deste lume mais atroz
E nada do que possa traz em nós
O tanto quanto a vida nos condena,
A sorte que buscara mais amena
A vida noutro rumo tão feroz
Espera tão somente o velho algoz,
Amor, que na verdade me envenena.
Pacatas emoções, num ledo espaço
A luta que deveras já desfaço
Demonstra a solidão do ser poeta,
O caos gerado na alma em tal enredo
Proclama o quanto possa e até concedo
Vivendo esta palavra predileta.
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