Limites e fronteiras: queda e sonho,
A parte que nos coube nada vale
Da imensa cordilheira vejo o vale
E a queda num instante recomponho.
Alçando o Paraíso eu me proponho
E sei do quanto a vida em paz exale
O todo que procuro e nada cale
O mundo mais suave e até risonho.
Opacas noites vagas luas nossas,
E quando na verdade me destroças
Restauras os meus ermos caminhares.
Resisto ao quanto possa e nada tendo
Apenas o momento que, estupendo,
Traduz o que deveras mal notares.
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