Pedindo por amor ou caridade,
Vagando sem destino em noite fria,
Trazendo em teu olhar a poesia,
Vivendo o quanto resta em claridade.
No quanto a solidão toma e te invade,
Marcando muito além do que podia,
Traçando este caminho em agonia,
Cessando num momento a liberdade.
Gerasse pelo menos a esperança,
Que ao ver-te no vazio ora se lança
E segue noutras trilhas bem diversas.
O tempo corroendo o quanto existe
De um velho coração amargo e triste,
Nas sendas sem descanso onde tu versas.
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