domingo, 6 de novembro de 2011

06/11


Sentindo mansamente os teus carinhos
Depois de tanto tempo em solidão
A sorte se moldando desde então
E nisto sei das dores entre espinhos,

Os dias são deveras mais mesquinhos
E sei das noites frias que virão
Tocando com terror esta ilusão
Gerada por momentos vãos, daninhos.

Apresentando enfim a minha face
Que tanto na verdade se moldasse
Diversamente e nada mais veria

Somente o que pudesse noutro rumo
E bebo do fantasma que resumo
Ousando ter diversa sincronia.

2

Renova-se no peito esta loucura
Gerada pela insânia de um momento
E quando me pergunto ou mesmo tento
A vida sem sentido me tortura.

Restando muito pouco, esta amargura
Traduz o mais diverso sofrimento
E quantas vezes; ledo sentimento
Transcende ao que fato se procura.

Não tive e nem teria a menor chance
Sabendo do vazio que me alcance
Restando muito pouco ou quase nada.

A sorte tantas vezes enganada
A vida noutro passo não avance
Jamais receberá clara alvorada.

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