A FACE DEMONÍACA
Tu foste entre as mulheres, preferida,
Mas quando vi a face demoníaca
Enquanto imaginei paradisíaca
Assim perdi deveras minha vida.
Não tendo outro caminho, a despedida,
Quem sabe a solução seja cardíaca
Melancolia em face atroz, maníaca
Acidulando enquanto quis ungida.
Ofídica presença se alastrando,
Rasgando com as presas minha pele,
E quando a tal delírio se compele,
Meu sangue pouco a pouco se inundando
Do sórdido veneno que ora emanas,
Searas que, satânicas, profanas...
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