quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

APENAS MAIS UM NA MULTIDÃO

APENAS MAIS UM NA MULTIDÃO

Apenas sou mais um na multidão,
Às vezes encontrando no meu prédio,
O ascensorista em leve e breve assédio,
Porteiro, zelador, a condução...

Trabalho, almoço e janta e a sensação,
Da vida em tão terrível duro tédio,
Não tendo para tal qualquer remédio,
Gravata, paletó, televisão...

O sábado, o domingo, uma semana
Um mês, um ano a vida é sempre assim,
Cotidianamente não tem fim,

Até que surja a morte soberana,
Anônimo na vida, igual na morte
Entregue plenamente à própria sorte...

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