sábado, 17 de dezembro de 2011

EM TURVO MAR

EM TURVO MAR

O quanto pude mesmo acreditar
Na vida que teria após o nada,
E vendo sonegada esta alvorada,
Caminho se perdendo a me frustrar,

Resisto navegante em turvo mar,
Mas sei que já não é de minha alçada
A lua derramada na calçada,
O medo a cada instante a me tomar,

Venenos costumeiros, dose imensa,
E quando nem amor mais me convença
O quanto me perdi não deixa rastros,

E assim ao naufragar incontinenti,
O inferno com seu tosco contingente
Espoliando assim os velhos lastros...

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