CAIS AUSENTE
Expira cada sorte em cais ausente
E o quadro se tecendo em morbidez
Do quanto em ilusões tudo desfez
Apenas a mortalha se pressente,
E quando dos meus olhos mais premente
Vontade de volver, a insensatez
Mergulha no meu eu e quando vês
Apenas face escusa de um demente.
Assíduo companheiro no timão,
O sonho não concebe qualquer norte,
E nada que deveras nos conforte
Causando inevitável distorção,
Apenas esta morte redimindo
Atroz delírio amargo, agora infindo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário