NADA ALÉM
Não mais que outro momento, nada além
Do vento sem saber do que viria,
O mundo que deveras se escondia
Eclode no que tanto teimo e vem,
Ocasionando a queda sem que alguém
Pudesse desfrutar a fantasia
De ver o quanto tenta ou mais queria,
Perdendo a cada passo o que não tem,
Alheio aos desencantos contumazes
Bebendo os dissabores que me trazes
Escuto a repentina e espúria voz
Do canto em discordância em mero ocaso
E quando neste intento me defaso,
Cultivo dentro da alma o próprio algoz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário