FUNÂMBULO
Equilibrando a vida simplesmente,
O fato mais audaz nos redimisse
E sei do quanto possa em tal mesmice
Viver o que inda resta, plenamente.
A vida noutro passo se desmente
E bebe tão somente esta crendice
Sabendo no final o quanto ouvisse
Tocando minha sorte imprevidente.
O prazo delimita o quanto quis
E sei do meu anseio e a cicatriz
Agora tatuada nos meus olhos,
Expressa esta colheita que se frustra
E nesta sensação a dor ilustra
Gerando tão somente os vãos abrolhos.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário