NENHUMA SORTE
Já não comportaria alguma sorte
A quem se fez diverso e mesmo assim
Procura algum caminho e sei no fim
Da própria solidão que me comporte,
O quanto traduzisse em medo e morte
Tragando todo o sonho dentro em mim
E neste desenhar, tosco estopim
A cada novo instante desconforte,
E o passo rumo ao nada, novamente
Apenas mesmo traço se apresente
Matando uma esperança aonde um dia
Pudesse acreditar noutro momento,
E quando a sorte amarga eu alimento,
Aos poucos também nisto eu morreria.
Marcos Loures
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