OLHANDO DE SOSLAIO
Olhando de soslaio nada veio
Nem mesmo alguma luz onde pudera
Ainda desejar a primavera
E sigo a cada instante mais alheio,
O todo se perdendo em vão receio
E o corte desta vida se apodera
Medonha garatuja, esta quimera
Traduz o quanto ainda em vão permeio,
Esbanjo os meus demônios, bebo o fim
E traço esse desenho dentro em mim
Mecânicas diversas, mesmo engodo,
E quando necessito melhor sorte
Sem ter sequer o quanto me suporte
Adentro sem defesas, lama e lodo.
Marcos Loures
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