domingo, 4 de dezembro de 2011

TRANSITA O CORAÇÃO

TRANSITA O CORAÇÃO

Transita o coração em rude espaço
Vacância traduzindo uma esperança
No tempo aonde a vida em vão me lança,
O mesmo caminhar que ora desfaço.

O prazo mesmo sendo tão escasso,
A rústica presença desta lança
A morte na verdade não descansa,
E sigo esta vereda passo a passo.

Restando muito pouco ou quase nada
A sorte noutra face descorada
Enfrenta a solidão de quem procura

Apresentando o fim da dura peça
Sem nada que decerto ainda impeça
Sequer o quanto trama tal loucura.

MARCOS LOURES

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom dia, poeta!
Ainda tocado pelo seu belíssimo poema, te desejo irrestritos espaços nessa manhã estradeira.
Um forte abraço.