OLHANDO PARA TRÁS
Olhando para trás o quanto fomos
E agora na verdade o que restou,
Procuro algum sentido, mas não vou
Sabendo o desconcerto aonde somos,
O mundo se desenha em tantos tomos
E a velha sensação do que ora sou
Expressa o descaminho e demonstrou
Esfacelada sorte em rotos gomos,
Não queira acreditar noutro momento,
O tanto que de fato eu alimento
Jamais me mostraria novo encanto,
Brumosa sensação que, solitária,
Demonstra esta nudez desnecessária
De uma alma quando em vão nada garanto...
Marcos Loures
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