O mesmo nada
Por vezes imagino alguma cena
Diversa da que tanto desejara
E sigo sem saber do quanto amara
A vida quando ao nada me condena,
Semeio tempestade rude e plena
Domina totalmente esta seara
E o corte quantas vezes se prepara
E mata a minha sorte antes serena,
No fundo mundos tantos procurei
Sem mesmo perceber que a antiga grei
Espelha a verossímil caminhada
Nos ermos de minha alma sem descanso
E quando novamente ao vão me lanço,
Encontro tão somente o mesmo nada.
Marcos Loures
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