Paredes da Esperança
Não quero ser além do quanto pude
Vencidas as paredes da esperança
Enquanto no senão a voz se lança
Marcasse noutro engano a juventude,
Repare quanto o tempo nos ilude,
Atento ao que restasse em vã fiança
As sobras do cenário onde se lança
A vida noutro passo e nada mude,
Mereço nova chance? Nem sei como,
E quando na verdade nada somo,
Apenas sobrevivo e por bem pouco,
E tanto se perdera em tal vazio
O quanto em solidão busco ou recrio,
Nas mãos o mesmo verso atroz e louco...
Marcos Loures
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