CABELOS SOLTOS
Amor, cavalo solto, bela crina
Que passa galopando em nossa vida.
Na ponta desta faca, aguda e fina,
O corte que se fez, sem dar saída.
Cativo deste amor que me domina,
A sorte não promete despedida...
No pomo deste amor, maçã e medo,
Vestido de ternura e de saudade.
Morrendo em cada verso de degredo,
Vivendo em cada sonho de verdade.
Me prendo nos teus braços, teu enredo,
Embora em nosso amor, disparidade...
Dou asas ao amor, corcel bendito
E vou braços abertos, infinito...
MARCOS LOURES
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