sábado, 9 de junho de 2012

NA PORTA ESCANCARADA DO TEU RISO

NA PORTA ESCANCARADA DO TEU RISO

Às vezes escorrego pelo esgoto
Da porta escancarada do teu riso.
Um sonho mais amigo, estendo roto,
Em ratos e baratas, sempre piso.
Da perna que se foi, lateja o coto,
Meu passo, sendo assim, segue impreciso...

Quem dera me fartar, tanto comer,
Do que foi reservado para mim.
Amiga, não consigo reverter
Nem mais seguir em frente; sendo assim
Não sinto nem vontade de querer,
Apenas vou moendo até o fim...

Alegro-me com pratos e talheres,
Quiçá neste banquete, mil mulheres!

MARCOS LOURES

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