NA PORTA ESCANCARADA DO TEU RISO
Às vezes escorrego pelo esgoto
Da porta escancarada do teu riso.
Um sonho mais amigo, estendo roto,
Em ratos e baratas, sempre piso.
Da perna que se foi, lateja o coto,
Meu passo, sendo assim, segue impreciso...
Quem dera me fartar, tanto comer,
Do que foi reservado para mim.
Amiga, não consigo reverter
Nem mais seguir em frente; sendo assim
Não sinto nem vontade de querer,
Apenas vou moendo até o fim...
Alegro-me com pratos e talheres,
Quiçá neste banquete, mil mulheres!
MARCOS LOURES
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