sábado, 9 de junho de 2012

A SORTE, EU NÃO LASTIMO

A SORTE, EU NÃO LASTIMO

A sorte não lastimo, minha amada,
Estreita esta prisão que nos uniu.
Na vida que sonhei encadeada
A vida que me deste, bem sutil.
Irreparável sina que adorada
É mais que desejada, amor gentil...

Não temo o que vier, estou contigo,
Nem temo mais a dor de qualquer corte,
Não tenho mais amor como castigo,
Meu braço te envolvendo, bem mais forte.
Vivendo o que queremos vou, prossigo
Distante do temor: adeus à morte...

Vencendo o longo inverno, a primavera,
Se mostra em teu olhar que amor libera...

MARCOS LOURES

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