quarta-feira, 6 de junho de 2012

NO VAZIO DO ABANDONO

NO VAZIO DO ABANDONO

Surgidos do vazio do abandono,
Meus versos te propõem uma amizade
Embora tanto tempo imerso em sono,
Pela janela entrou a claridade

Da lua que se fez sem saber dono,
Do vento que bateu ansiedade.
Não primo por querer, da vida, abono
Nem quero com o raro, paridade...

Não verás aqui nada que aprovo
Apenas um vitral esfumaçado.
Do nada de onde vim, não me renovo.

Sou antes, sem depois, venho de outrora,
Mas sei amiga, sempre do teu lado,
Quem sabe eu renascesse numa aurora?

MARCOS LOURES

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