EM MINHA TIMIDEZ
Em minha timidez, o medo aflora.
E vagando a minha alma na moldura,
Qual tela que me deste, uma escora
Que possa me ajudar na mata escura
Enfrentando fantasmas. Sou agora;
Do verbo original, a criatura
Que em mar tempestuoso não se ancora
E morre simplesmente, sem candura.
Teus pés já foram bases deste sonho,
Amada sensação de fonte e ponte.
Oriundo dum dia mais medonho
Fantasia proposta não me cabe,
Vislumbro uma esperança no horizonte,
E vou antes que o amor, em ti, se acabe...
MARCOS LOURES
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