DO NADA AO NADA
O corpo abandonado
junto ao solo,
Deixado para trás e
nada resta
Somente a mesma
imagem que, funesta,
Expressa o quanto
tento e não consolo,
Aos poucos noutro
estágio se me imolo
Adentra a
insensatez e rege a festa,
Erguendo uma raiz,
quiçá floresta,
A sorte se desenha
e nega o dolo,
Ainda quando fosse
alguma luz
Apenas fogo fátuo e
nada além,
O fim que no final,
o fim contém,
Somente este
jamais, pois reproduz,
E o tempo de viver já
se finando
Moldando este
retrato atroz, nefando.
Marcos Loures
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