MEU ALTAR
Verdade. A ti erguera o meu altar,
Mas quando em torpes cenas percebi
O quanto se perdera enfim de ti,
Não pude mais seus rumos desvendar,
E agora no vazio mergulhar
Refém destes momentos que sorvi,
Esboço reações, mas hoje eu vi
O quanto pude aos poucos degradar
Assíduo caminheiro da ilusão
Restando sob os olhos negação
O quadro incontestável se apresenta
E tudo o que pensara mais fiel,
Arcando com as fúrias tira o véu
E vejo a face espúria e tão sedenta...
MARCOS LOURES
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