MINHA ORIGEM
Revejo minha origem nesta cena
Aonde num jazigo mergulhava
A sorte desairosa, intensa e brava
Nem mesmo algum terror inda serena
Uma alma que se fez menor, pequena
E apenas no terror hoje se lava,
Aonde se amortalha vil escrava
O quadro se anuncia em fúria plena.
Reside dentro em mim este demônio
E quando mergulhando em pandemônio
Vasculhos meus escombros e inda vejo,
O belo e caricato ser que um dia,
Matando qualquer luz ou fantasia
Dessedentando em fúria o meu desejo...
MARCOS LOURES
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