SENZALAS
Das senzalas de minha alma
Contumazes derrocadas
Onde pude madrugadas
O silêncio não me acalma
Torturando em cada engodo
Transmudado caminhante
E se tanto num instante
Penetrando charco e lodo
Não fugindo do que sei
E tampouco me esgueirasse
Ao mostrar temível face
Solidão traçando a lei
Um poeta; nada além,
Que o vazio em paz contém...
MARCOS LOURES
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