AO MEU QUARTO
Ao meu quarto depois da meia noite
A luz ainda acesa, o peito aberto,
O vento me pegando inda desperto
Batendo na janela, frio açoite.
É como se chamasse e me trouxesse
Notícias de quem foi e não voltou,
O pouco de você que aqui sobrou
Permite se pensar num sonho doce.
Mas quando a realidade volta à cena,
Vazia a madrugada, novamente,
O olhar da solidão já me condena
Somente a ventania ainda mente
E diz que voltarás; tolice imensa,
Eu não terei da vida, a recompensa...
MARCOS LOURES
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