MEUS QUINTAIS
Revejo os meus quintais na primavera,
Ilhado neste quarto, apartamento,
O verso que compus, traduz espera,
A salvação virá, qualquer momento.
Resisto bravamente, sorte mera,
E mesmo ser feliz, ainda tento,
Naufrago no teu mar, minha galera,
E busco, vez em quando, um novo invento.
Mas vendo estas paredes no horizonte,
Queria com a vida última ponte
Perdi os velhos elos da corrente
Trancafiado aqui, neste lugar,
Revejo o meu quintal e vou buscar
Algum retrato fusco em minha mente...
marcos loures
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