FIM DE SONHO
Por vezes imagino outro país;
Nas gélidas manhãs, tórrido anseio.
Desejos incontidos, sem receio,
Um corpo saciado, outro feliz.
Vontade de voar mesmo em céu gris
Percorro delirante cada seio,
Descubro outras paragens, singro o veio,
Qual fora eternamente um aprendiz...
Mas nada; nem a sombra do passado,
Apenas o vazio em minha cama,
A morte sorrateira, vem e chama,
Deitando sorridente aqui do lado.
E quando imaginava outra saída
Escorre em minhas mãos, a frágil vida...
MARCOS LOURES
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