Não quero mais sequer as vias lácteas
que amores impossíveis me trouxessem,
as dores quando em flores resplandecem
amigo, por favor, dos solos cate-as,
e faça bom proveito dos espaços
que tanto imaginaste serem teus,
os olhos mortos bebem tantos breus
e os dias amanhecem sempre lassos,
vertendo os mais ignóbeis sentimentos
em lixo ou na sucata que recolho,
furando devagar, se mais um olho,
os pés pregados, chagas e lamentos.
a boca que me beija espúria e podre
o vinho avinagrado tomando o odre.
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário