domingo, 18 de março de 2018

SEM TEMER

Dessas velhas tristezas diluídas

Nas almas que morreram sem perdão.

As sombras siamesas, nossas vidas,

Procuram pelo vale da emoção.


Somos ermos, herméticos e famintos.

Da pedra que nos fez, tantas rudezas.

Desejos qual vulcões morrendo extintos.

Vencendo nossos medos e defesas...


Não quero me insurgir contra este fado,

Nem quero me olvidar destes castigos.

Quem fora tempestade leva um fardo.


Sabendo das escoras e perigos...

Mas sinto que talvez tenha a saída.

Seguir sem temer nada em nossa vida!

MARCOS LOURES

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