Aonde descansar após a luta
Insana de quem nunca a paz desfruta
E segue a sua senda em dor, sozinho,
E quando do final eu me avizinho
A força tão atroz, terrível, bruta
O passo titubeia e a alma reluta
E o mórbido e funesto vão carinho
Roçando a minha pele, me tocando,
Incrível que pareça; às vezes brando
Suave e terno beijo terminal,
E a morte me recolhe no seu colo,
Num abandono manso, deito ao solo,
Terminando este amargo ritual.
MARCOS LOURES
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