Deixaste como um rastro em noite clara,
E o amor que tanto entranho quanto ampara
Traduz o quanto queres e me trazes
E quando balançando as minhas bases
Uma hora divinal e outrora rara
A porta dos delírios escancara
Fomentando os anseios mais audazes.
Escuto a voz de um tempo em que este encanto
Que agora ao vento lanço quando canto
Tramava maravilhas, mas inúteis,
Os sonhos esquecidos nalgum canto,
E tudo se tomando em vão quebranto
Os dias se repetem; ocos, fúteis.
MARCOS LOURES
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