Mas sei que o canto é frágil e diz passado,
O sonho de um poeta ultrapassado
Revelam sonhos toscos e ancestrais,
Aonde se quiseram tais cristais
O verso que ora trago está mofado,
Camoniano sonho destroçado,
Os dias se repetem sempre iguais,
Neons tomando a cena, pobre lua,
A realidade, o vate desvirtua,
Combate tão inútil já não faço,
E sei que meu cantar envelhecido
Há tanto pelos cantos esquecido
Não deixará sequer um resto, um traço.
MARCOS LOURES
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