Um dia me ensinaste que a ventura
Da vida consistia em ter alguém
E quando a realidade toca e vem
Negando na verdade esta procura
A história lentamente me tortura
Do nada a cada instante sou refém,
A morte se aproxima e com desdém
A cada nova ausência se afigura,
Viver as ilusões de um falso amor
E crer na imagem torpe de quem tanto
Gerara num momento um raro encanto
Depois de estar envolto em tal torpor
Sentir no amor que tanto se queria
A reles, sem valor, bijuteria.
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário