Em cântaros esqueço cantorias
Os sonhos na verdade sempre adias
E mandas com silêncio, o teu recado.
O prazo descumprido e nunca dado,
As horas que entre os dedos escorrias
Deixando como marca tais sangrias
O corpo exangue além abandonado.
Esqueceste de tudo, mas talvez
Ainda me restando a lucidez
Eu possa refazer a caminhada.
Porém neste funéreo beijo amargo,
A voz que ainda teimo; logo embargo
A vida de uma vez, esfacelada.
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário