Aonde imaginar poder crer
E ter dentre dos sonhos horizontes,
Devastas com a fúria minhas pontes
Matando o que podia amanhecer
Nas mãos trazes poderes, mastodontes
E bebes do meu sangue até verter
Roubando a fantasia, toma o ser
E secas da esperanças, parcas fontes.
Assim é que se mostra o quanto queres
E mesmo que deveras interferes
No quase que eu herdei e não consigo,
Dos charcos onde encontro a placidez,
Somente o que me resta em lucidez
Transmite ao andarilho algum abrigo...
MARCOS LOURES
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