domingo, 21 de agosto de 2011

21/08/2011

Unidade se esperando
Onde o tempo desafia
Mesmo quando venha em bando
A incerteza é vã, sombria
O que possa sonegando
Ou versando sobre a fria
Decisão se demonstrando
Onde nada mais havia,
Reparando cada engodo
O momento gera o lodo
E deveras lamaçais
Sendo a sorte de tal forma
Que deveras já deforma
Mesmo quando não me trais.

2

Reduzisse cada farsa
Ao que possa ou mesmo tente
Vendo a sorte de disfarça
O caminho impertinente
Tendo a alvura de tal garça
Noutro rumo se apresente
A verdade mais esparsa
Ou meu canto incontinente.
Trespassado pela adaga
Que decerto quando afaga
Mergulhando em turbulência
Não permita melhor sorte
Ou deveras desconforte
Quando tento providência.

3

Invadindo este cenário
Nada pude conceber
Neste velho itinerário
O caminho a se tecer
Onde possa imaginário
Ou soubesse do querer
Que se molda necessário
Mesmo quando faz perder,
A serpente rastejando
O momento mais infando
Outro engano e nada além,
A palavra mais constante
Onde o rumo se garante
E deveras nada tem.

4

Ouviria com agrado
O que tens a me contar,
Mas se tento e não mais brado
Nada resta em seu lugar,
A versão ditando o fado
Aversão a se moldar
No que possa e já degrado
O meu tempo a se mostrar.
No caminho mais sutil
Outro atento tom em nós
O que outrora a vida viu
Não deixara a velha foz
E o meu mundo mais gentil,
Longe trama antigos nós.

5

Procurando algum alento
Nada vejo doravante
Nem se possa contra o vento
Nem momento que adiante
O que rege em desatento
Desviar ou mesmo avante
O mergulho noutro intento
O cenário deslumbrante,
Vagamente vejo a queda
Do que um dia tanto quis
E se possa e já se enreda
Neste passo em céu mais gris,
A verdade não se veda
Nem tampouco o ser feliz.

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