Fulgindo neste céu a rara estrela
Que tanto procurara e não soubera
Exposto a cada dia, tosca fera,
Agora finalmente posso vê-la,
E quando me proponho a recebê-la
Já dista dos meus olhos primavera,
No outono a frialdade é o que se espera,
E assim jamais poder em mim contê-la.
A temporã estrela dita a sorte
De quem se imaginara bem mais forte,
E sente-se esvair em frágeis luzes,
Luzerna do passo, pirilampo
E quando nos meus sonhos eu acampo,
Apenas brilhos foscos reproduzes...
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