sábado, 27 de agosto de 2011

-DESPOJOS

Despojos que saqueio do passado
Trazendo para mim um novo corte,
Aonde se produz a minha morte,
E deixo apenas isso qual legado,

Cadáver que cultivo com o enfado,
Não tendo quem deveras o comporte,
Transcende com certeza à própria sorte
Decerto o seu caminho, ilimitado.

Pereço quando vejo o meu retrato
E tanto quanto posso eu mesmo trato
Dos erros que costumo cometer,

Se eu trago puro estrago dentro da alma,
Certeza do vazio já me acalma,
A morte ao ultimar seu parecer...

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