sábado, 27 de agosto de 2011

- INCOERÊNCIAS


Guardadas nesta jaula, incoerências
Medonho olhar tomando este horizonte
Bem antes que meu passo desaponte
Não quero nem preciso mais clemências

Urdidos pelas mãos das inocências
Imensa poluição tomando a fonte,
Não posso e talvez sequer aponte
As mortes que carrego em prepotências.

Acolho os meus fantasmas e me vingo
Embora saiba bem cada domingo
Do peso da semana que virá,

Acréscimos de dores e discórdias
Não quero nem pretendo em tais mixórdias
Colher o que plantei aqui ou lá.

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