Quisesse ter no olhar este otimismo
Que tantas vezes traça alguma luz,
Ferrenha caminhada ora conduz
À beira deste enorme vão, abismo.
E quando ainda teimo e insano cismo
Vencer qualquer momento ao qual me opus,
Restando dentro da alma a lama e o pus,
Sentindo em quem me abraça este cinismo.
Esbarro nos meus erros do passado
E tento ainda mesmo respirar,
Percorro cada estrada a divagar
E apenas o terror segue ao meu lado,
Pudesse ter pujante sol em mim,
Mas quando me percebo, estou no fim...
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