13/11
Mistérios de uma vida sem proveito
E tanto que buscasse apenas isso,
O manto quando traz o raro viço
E o beijo mais audaz que quero e aceito.
Meu sonho se tramara sem direito
Algum por ser deveras tão mortiço,
Vivendo eternamente em tal cortiço
Somente esta semente em vago pleito.
Reparos que fizessem desde quando
O verso noutro tempo se moldando
A luta sem sentido e sem promessa.
Avisto a tempestade após o caos,
E sei dos meus momentos rudes, maus
E a sorte no vazio ora tropeça.
2
Deitando uma alegria simplesmente
Porquanto a sorte tente novo instante
A senda mais diversa se garante
E gera o quanto quero e se apresente.
Não vejo noutro rumo, de repente
A luta mesmo quando deslumbrante
Grassando no final e doravante
Matando o que investisse em vã torrente.
Jamais pude viver felicidade
E sei do quanto a cada passo invade
O rústico cenário em tom diverso.
Apresentando enfim o quanto tenho,
O vento se traduz neste desenho
E sobre a tempestade agora eu verso.
Um comentário:
belo espaço.parabens.
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