domingo, 13 de novembro de 2011

13/11


Mistérios de uma vida sem proveito
E tanto que buscasse apenas isso,
O manto quando traz o raro viço
E o beijo mais audaz que quero e aceito.

Meu sonho se tramara sem direito
Algum por ser deveras tão mortiço,
Vivendo eternamente em tal cortiço
Somente esta semente em vago pleito.

Reparos que fizessem desde quando
O verso noutro tempo se moldando
A luta sem sentido e sem promessa.

Avisto a tempestade após o caos,
E sei dos meus momentos rudes, maus
E a sorte no vazio ora tropeça.

2

Deitando uma alegria simplesmente
Porquanto a sorte tente novo instante
A senda mais diversa se garante
E gera o quanto quero e se apresente.

Não vejo noutro rumo, de repente
A luta mesmo quando deslumbrante
Grassando no final e doravante
Matando o que investisse em vã torrente.

Jamais pude viver felicidade
E sei do quanto a cada passo invade
O rústico cenário em tom diverso.

Apresentando enfim o quanto tenho,
O vento se traduz neste desenho
E sobre a tempestade agora eu verso.

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