NOITES CARIOCAS
Viemos dos botecos, aguardentes
Tomando nosso sangue, nossas veias,
Dos olhos transbordados, dúbios; quentes.
Das luas cobertores, novas, cheias...
Dos vagos pensamentos, onde mentes;
Ilusões em que bebes e recheias
As horas que passamos nas calçadas,
Viver já nos parece um privilégio.
As costas pelas garras bem marcadas,
Os sonhos que se foram, sortilégio
Da sorte sem sentido. Mãos atadas
Unidas desde o tempo de colégio...
Somos dois amigos; sei bem disso.
Terreno nunca agreste ou movediço...
MARCOS LOURES
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