NO FOGO COLOSSAL
No fogo colossal de tuas ancas,
Balanças meus olhares, perco o rumo.
As noites que passei sozinho, brancas,
Depois que enfim te vi, ganham aprumo.
As mãos que, viajantes seguem francas,
Espremem da maçã perfeito sumo,
E mansamente, meiga, quando espancas,
Prazeres mais airosos sobem, fumo...
Menina me ninaste e me enganaste,
Serenamente engoles, presas, fera.
O amor que não desnuda não se gera,
A dor do teu legado faz contraste,
Amantes tresloucados... quem me dera...
Nas ancas que rebolas? Me mataste!
MARCOS LOURES
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