SEXTINA 42 AMARGA VIDA
A vida que se mostra tão amarga
Estrambótica luz que inda me guia
Em meio a tantas trevas, perco o passo.
Percebo ao fim do dia tal cansaço
Negando qualquer forma de alegria.
No enfado já me trazes o vazio.
Levando o coração triste e vazio
A sensação cruel e tão amarga
Matando o que me resta de alegria
A dor se transformando em minha guia.
Restando no meu peito tal cansaço
Impede que eu caminhe, entrava o passo.
Estrada que negando cada passo
Estampa tão somente este vazio,
Nos olhos caminheiros, o cansaço
Tornando a caminhada mais amarga
Perdendo estrela vésper velha guia,
Tornando bem distante uma alegria
Outrora um sonho audaz em alegria
Moldando em belo norte, passo a passo
No lume que decerto sempre guia,
Porém no amanhecer, resto vazio.
A sorte desairosa e tão amarga
Deixando demarcado este cansaço.
Meus olhos embotados de cansaço,
Negando qualquer forma de alegria,
A noite de meus sonhos triste, amarga
Retendo num momento cada passo
Deixando o meu futuro ser vazio
Perdendo cedo o rumo, vou sem guia.
Apenas a saudade inda me guia
Mostrando no meu rosto tal cansaço
E a dura sensação deste vazio
Aonde já reinara uma alegria
Tornando bem mais trôpego o meu passo
E o gosto da saudade que inda amarga.
Amarga sensação que assim me guia
Passo titubeante traz cansaço
Alegria distante, vou vazio...
MARCOS LOURES
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