Restos
Encontro os velhos restos do que fui
E bebo dos meus versos mais nocivos,
Ainda quando em sonhos mortos, vivos,
Somente o que se emerge agora influi,
E o tanto quanto possa nada flui,
Esquecendo os meus dias quando altivos,
Senhores entre enganos compassivos
Pacífica ilusão em volta rui.
E deixa que se veja claramente
O quanto me restasse e quando mente
Omite o meu caminho sem sentido,
E nada do que possa ser assim
Tramasse qualquer coisa além do fim,
Resquícios da mortalha e não me olvido...
Marcos Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário